Páginas

domingo, 20 de novembro de 2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

Quem sabe...

Tão perto de tudo, mas resolve manter distância, o máximo que conseguir, e se não consegue tenta se camuflar com poucas palavras e sorrisos que nem ao menos queria dar. Olha no espelho e as vezes consegue se convencer de que tudo está normal, que tudo está bem.
A insegurança, o medo, a autoestima quase inexistente faz dele um alguém perdido na realidade. E a realidade é dura, ela te faz se provar a todo momento, ela muitas vezes é uma coisa brutal sem piedade. Essa é a vida.
A vida está ali olhando pra ele, tão deplorável.
Ele encontra uma luz, mas tem certeza que é apenas uma chama que logo vai se apagar fazendo com que sua esperança seja pisoteada novamente.
Isso irrita as pessoas, elas o vêem como mais um preguiçoso cheio de frescuras. E ele sabe disso, por isso tenta a todo momento se camuflar e se tornar alguém como os outros, tentar aguentar as várias rasteiras da vida. Desistir é quase um pensamento constante que sussurra em seu ouvido tão suave e delicadamente que as vestes ele quase se deixa seduzir por cada palavra.
Quem sabe um dia isso mude, ele ainda acredita nisso.
Quem sabe um dia realmente alguém estenda a mão a ele para levar a um caminho melhor.
Quem sabe  um dia alguém faça sumir ou amenizar a insegurança constante.
Quem sabe um dia ele tenha mais coragem.
Quem sabe um dia ele se sinta melhor com ele mesmo.
Quem sabe um dia ele tire a camuflagem e se mostre para todos como ele é.
Quem sabe...

sábado, 2 de julho de 2016

Max & Leo #1

Essa é uma historinha em quadrinhas que irei (tentar) fazer, tanto pra praticar em criação de personagens, quanto pra criação de cenários.

Não irei dar uma sinopse da história, conforme for saindo os capítulos vai ser bem fácil de saber do que se trata (talvez já esteja óbvio ou não, sei lá).

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Noturnos - Viajante de outro mundo (Fanfic)

Caro leitor, pra quem não acompanha Noturnos está fanfic se passa na fase antiga do canto, além disso, a história conta com um personagem que eu criei em um conto meu que acabei não concluindo, mas senti vontade de revive-lo. Pra quem não conhece convido a ler esta fic e conhecer um pouco do universo dessa história de vampiros e criaturas sobrenaturais.
Contamos com o feedback de vocês é desde já agradeço por ler.
***
São Paulo
Olho ao meu redor e penso comigo mesmo "este não é um lugar normal", eu podia sentir isso e era mais do que óbvio isso. Sentia que a vibração daquele lugar não era o mesmo de onde eu vinha, então eu teria que tomar cuidado, manter meus sentidos atentos a tudo.
Eu não era a pessoa mais normal no mundo, mas ser prevenido e fundamental. Estava escurecendo, parecia que aquela sensação de perigo crescia cada vez mais, as pessoas na rua não percebiam nada disso.
Claro que eles não iriam sentir o que eu sentia, eu não era como eles e nem pertencia ao mundo deles, eu era um intruso.
Andando entre as pessoas, tantando me misturar, sinto que alguém me observava e não era só uma pessoa que me observava, poderia deduzir 3 deles, mas não tinha certeza. Eu estava curioso e ao mesmo tempo com um pouco de receio, mas não iria dar o braço a torcer. Decido deixar e ver o que poderia acontecer e isso me dava mais adrenalina.
O sol então deu lugar a lua, com a noite reinando sobre a cidade eu senti que onde eu estava já havia se tornado o habitat de algo selvagem.
Agora só sentia a presença de apenas um observador, mas decidi não me manifestar até saber qual seria a intenção deles.
- Eu não sei, estou em dúvida se aqui é um bom lugar, o que você me diz Umbra? - perguntei.
- Me parece estranho, sinto um poder que me parece familiar, só não sei se isso é bom ou ruim", como sempre se comunicava comigo pelos pensamentos.
- Você deveria ser mais social e sair um pouco, faz bem até para um entidade sobrenatural como você - dou risada.
"Não quero ser sua sombra e se pisoteado a todo momento... sem falar q tenho q ficar esbarrando nas sobra dos outros...", ele realmente estava falando sério.
- Eu posso ser esquisito, mas você é mais, sério... espera, agora só tem um, onde os outros foram? - duas das presenças que havia sentido e que me seguiam desapareceram, aquilo me deixou em estado de alerta.
De onde eu vinha estar atento a cada passo que você dá é algo que se aprende desde criança. Como tenho habilidades extras isso me deu mais vantagem para sobreviver, aprendi a ser mais cauteloso independente de onde eu estava, claro, as vezes eu me perco em alguns devaneios, mas sou bem focado.
Viver em um lugar pós-apocalíptico me fez ser alguém frio e solitário, mesmo com muitas pessoas ao meu redor. Mas com o tempo percebi que sozinho ninguém se torna alguém 100% e que aceitar aqueles que te estendem a mão não é sinal de fraqueza, muito pelo contrário, você se torna alguém mais forte para enfrentar os desafios que estão destinados a você. Umbra e minha irmã me mostraram esse tipo de coisa, ironicamente me indicaram um caminho menos sombrio e luminoso.
- Kel deve estar surtando - disse a Umbra.
- Você novamente desviou do caminho de volta, então ela sempre irá surtar, ela apenas faz o papel de irmã mais velha - Umbra na maioria das vezes era bem sarcástico e grosseiro, mas tinha vezes que ele parecia meu pai falando.
- Meu tio já deve estar preparando o sermão, mas vamos tentar ser mais rápidos dessa vez, isso não deixa de ser a nossa missão.
- É o que você diz seu retardado, mas como você é curioso então nunca vai ser rápido - Umbra volta a ser o mesmo.
- Que seja, vou no lá no topo daquele prédio, podemos ter uma visão mais ampla da cidade.
Eu caminhava entre as pessoas, todas pareciam normais, menos aquela presença que eu ainda sentia e que me seguia, não sei se ela ou ele havia notado que eu estava ciente da presença dele, mas continuei dando a impressão que não me importava.
Em um beco estreito e escuro eu uso a minha habilidade e com um movimento circular abro um pequeno portal, olho para os lados para garantir que minha camuflagem nas sombras estava funcionando e para meu alívio estava. Sou sugado pelo portal e logo sou jogado para fora dele, estava no topo do prédio que eu havia escolhido... meus poderes pareciam estar um pouco melhores, mas dava uma sensação estranha, logo deduzi que era a atmosfera do mundo que estava, está dimensão escondia muitas coisas.
Minha curiosidade estava sendo alimentada, Umbra sentia o que eu sentia e ele apenas soltou um "Eu sabia" e começou a rir.
Já havia escurecido na cidade, observava sua paisagem sobre o alto de um prédio no centro, no qual tinha uma visão ampla e extensa de lá embaixo entre o engarrafamento e as buzinas das pessoas que por sinal ansiavam  em chegar em casa após o trabalha ou qualquer outro evento do dia deles, as pessoas andavam apressadas pra lá e pra cá, tudo aquilo parecia uma grande bagunça, mas uma bagunça organizada, na qual de onde eu vinha era quase raro de encontrar uma vista assim, de certa forma estar ali agora me trazia tranquilidade, ainda mais quando olhava para o céu naquele instante onde a lua reluzia toda aquela paisagem e as estrelas inundavam a visão.  Lembrei de como era o lugar onde eu vim, tudo ficava distante , o silêncio reinava era uma presença que se manifestava, era um estado de medo, violência, guerra e opressão. Acho que eu poderia viver no mundo no qual me encontro agora, talvez seja um lugar melhor do que o lugar de onde eu era. Eu estava tão concentrado em meus devaneios que não notei quando um ser me atacou por trás me derrubando e imobilizando no chão. Não esperava por essa, não consigo ver o seu rosto pois um capuz o cobria por inteiro, então vejo dois círculos vermelhos e brilhantes me observando, consigo usar minha força para me livrar daquela situação e com esforço obtenho sucesso. Dou uma cambalhota para o lado e me levanto rapidamente, aquele ser que agora está na minha frente tira o capuz e então revela sua face, parece uma pessoa comum se não fosse aqueles olhos vermelhos e brilhantes e as presas afiadas que saltam sobre sua boca.
- Um caçador, olha só que sorte a minha! – Ele diz com um sorriso sarcástico.
- Caçador? Não sei do que está falando.  – Digo a ele e não vejo a expressão dele mudar.
- Estou com fome, mas gosto de brincar com a minha comida, aliás se não fosse assim não teria prazer ao saborear minha refeição! – Vejo seus olhos cintilarem como se há muito tempo que não tivesse um desafio assim.
- Você parece um vampiro com esses olhos e presas. - faço uma observação.
- Sério?  Talvez seja pelo simples fato de eu ser um... que tipo de caçador você é? Um iniciante? – Ele me observa por inteiro.
- Não sou caçador, seu vampiro de merda! – Digo já ficando irritado com essa afirmação falsa dele.
- Vamos  caçador, mostre o que sabe. Me divirta! – Ele sorri, deslizando a língua entre os lábios e avançando e deferindo golpes em mim e eu desvio de todos.
- Já disse que não sou caçador,eu sou humano que trabalha com as sombras. – Eu digo fazendo com que minhas mãos comecem a emanar uma energia totalmente negra. E vejo a expressão pasma do vampiro.
- Melhor ainda, com certeza deve ser uma refeição muito melhor do que um simples caçador. – e ele continua procurando me acertar.





E eu continuo desviando, mas ele é muito rápido, me acertando um soco nas costelas onde eu sinto um dos meus ossos quebrando, a dor me sobe agonizante, mas continuo de pé procurando manter o foco em desviar de seus ataques.   De repente escuto uma voz na minha cabeça dizendo – Ele não vai parar, e você sabe disso. – era Umbra que falava comigo.
- Não posso fazer... – Disse a Umbra, recuando um passo atrás, e desviando de um soco que iria acertar meu rosto em cheio.
- Ele vai te matar se não o fizer, você já percebeu que ele não tá pra brincadeira. – Ele me diz o óbvio, mas eu não queria que ele tivesse dito aquilo.
- Não vou conseguir. – Falo evitando os golpes do vampiro, o que são fortes o suficiente para abrir um buraco em uma parede, sinto que a cada golpe dele minha vitalidade está sendo sugada, talvez aquele seja o poder dele.
- Deixa que eu faço, sempre fiz a maioria do trabalho sujo. – Ao ouvir aquilo, fiquei em dúvida. E ele continuou falando. – Não acredito que ainda tem dúvidas da minha lealdade a ti.
- Não tenho, é que ele pertence a outro mundo, não tenho o direito de tirar a vida de qualquer um que não pertença ao meu mundo. – Disse por fim, para que aquela situação de divisão entre eu e o Umbra acabasse.
- Se você fugir ele virá atrás de você, sabe disso. – Ele nem me deu tempo de questionar e continuou. – Ou você mata ele ou ele te mata, decida AGORA!
Percebo que Umbra estava realmente preocupado comigo, podia sentir isso em suas palavras, ele já havia provado sua lealdade a mim tantas vezes.  Enquanto me distraio pensando na proposta de Umbra, o Vampiro vê uma brecha e me dá um chute que me faz ir longe, sinto o impacto de uma forma em que parece que meus ossos são de vidros e estão se quebrando aos poucos, rolo pelo chão até que paro por causa de uma parede, o vampiro estava gostando de ver aquilo, estava sentindo prazer em me ver naquela situação, ele esboçava um sorriso diabólico que me faz sentir um frio na espinha. Umbra estava certo, ele estava disposto a me matar e eu não tinha outra escolha, aos poucos me sinto como se tivesse sido totalmente sugado, não posso continuar assim. Me levanto meio atordoado pelos golpes, o vampiro parecia se divertir com a minha condição.
- Vamos humanos das sobras, isso é tudo que tem? – ele fala aquilo, em tom provocativo.
Lentamente o meu oponente caminhava em minha direção , eu tinha que decidir o que fazer logo.
- DECIDA AGORA JAMES. – Umbra já estava perdendo a paciência.
O sanguinário já estava pronto para dar seu ataque final, minhas pernas estavam tremulas e eu estava me sentindo realmente um bagaço, não tinha outra saída, não tinha outro jeito, vendo a situação em que me encontrava, somente baixei a cabeça sentindo o peso cair sobre mim e falei.
- Ok, faça desse vampiro pedacinhos, confio em você. – E toda minha visão fica negra.
Sinto meu corpo tomado por uma onda de adrenalina, as feridas param de doer, e sinto como se tivesse renovado, melhor que renovado, me sinto outro, literalmente. Umbra assume a partir de agora, a esfera de energia que ele transmite toma todo o meu corpo, emanando uma onda negra de poder.  O vampiro já estava perto o suficiente e desfere um soco na minha face, mas não faço nenhum movimento, pois não senti nenhuma dor, Umbra realmente estava certo de que seria a melhor escolha. Cuspo o sangue que se acumulou com a pancada fora, e dou um sorriso.
- É SÓ ISSO QUE VOCÊ TEM? – Umbra grita, gargalhando, nem parece que era meu corpo que estava em um estado crítico poucos minutos atrás. – FAÇA MELHOR, ISSO ESTÁ ENTEDIANTE.
E com isso ele desperta a raiva do vampiro que avança procurando acertar-me em cheio, sinto-me mais rápido, e então vejo meu punho o acertando levemente no estômago e o vampiro vai parar cerca de uns 5 metros, parece que o dano que ele sofreu foi imenso, pois ele tem dificuldades para se levantar, mas assim que se levanta vem em certa velocidade devolver o golpe e diz:
- Que porra é essa? Você estava até agora imóvel e do nada está lutando assim? – Dá pra ver a sua face meio assustada com a situação.
- Hahahaha parece que não quer mais brincar? Agora o jogo vai continuar com minhas regras. – Umbra diz aquilo esbanjando um sorriso desafiador, ele ficou o tempo inteiro planejando aquilo enquanto assistia eu apanhar.
Ele pega o punho no qual o vampiro tenta lhe acertar um soco, e torce fazendo-o urrar de dor, segura-o por trás e sussurra em seu ouvido.
- Parece que a criança está com medo do escuro agora, não é mesmo? – E então enquanto segura o vampiro toda uma camada negra se faz em volta do meu corpo, e consigo encarar os olhos vermelhos do vampiro e enxergar o que ele está vendo, ele vê tudo escuro, uma sombra enorme como se estivesse encarando o próprio inferno interior, pela primeira vez posso dizer que vi um vampiro demonstrar medo. 
O vampiro cuspiu sangue, mas mesmo assim um sorriso se abriu em seu rosto.
- S-seu poder... - ele cospe mais sangue - Seu poder é semelhante ao deles...
- Deles quem? - eu e Umbra falamos ao mesmo tempo dando uma tonalidade sinistra na voz que saiu da minha boca.
- Os Nightcrawlers!
- Quem são eles? - Umbra pergunta, mas o sanguessuga não disse mais nada, talvez já não lhe havia testado mais forças.
- Se for pra acabar, acabe com isso logo. – Digo mentalmente para Umbra.





E então vejo que minha mão esquerda se transformou em uma lâmina negra que transpassa o corpo do vampiro, fazendo com que eu sinta o resto de sua vida inútil acabar entre minhas mãos, os olhos que antes eram vermelhos, se transformam em um branco de imediato, e o vampiro perde seus sentido e assim que a lâmina é retirada o corpo daquele vampiro cai e então toda aquela visão se esvai, Umbra fica ali parado e aos poucos vou voltando a minha forma, vendo ele deixando meu corpo e voltando ao seu estado natural, se é que posso dizer assim. Essa luta realmente foi desgastante, que acabo desmaiando naquele lugar.
Eu não sonhava mais, minha alma entrava na dimensão particular de Umbra. As vezes conversávamos, as vezes discutíamos e as vezes não fazíamos nada a não ser olhar para o nada, mas hoje Umbra queria conversar...
"Está arrependido?", Umbra pergunta mesmo sabendo da resposta.
"Sim e não" digo a ele.
Umbra mostra uma imagem de onde eu havia caído, ainda estava no prédio, corpo do monstro se tornam cinzas, as mesmas voam longe com o vento.
O mundo que eu estava... Esse mundo era perigoso eu deveria sair dele, mas as palavras daquele vampiro antes de morrer...
"Seus poderes... São iguais os deles... os Nightcrawlers".
Quem eram esses tais Nightcrawlers?
A lua cheia brilhava intensamente, começava a esfriar, tinha que achar algum lugar para passar a noite, só não sabia por onde ir.
Umbra então assumiu o meu corpo.
- Nossa, que tipo de humano é você? - uma voz feminina toma nossa atenção
Umbra se vira, ela vestia uma calça jeans preta (fazia muito tempo que não via uma calça jeans), usava uma regata branca e seus pés estavam descalços com um pouco de terra neles. Os cabelos longos voavam com vento, ela sorria, mas ao mesmo tempo parecia curiosa e cautelosa. A garota senta na mureta e faz novamente a mesma pergunta.
- Sou um humano... bom eu não, eu sou um hospedeiro, mas o verdadeiro dono está meio acabado e tá descansando  e também não pertencemos a esse mundo. - Umbra diz - E você? O que você é? - pergunto já deduzindo que ela não era humana.
- O que você tá fazendo UMBRA? - digo mentalmente a ele, estava surpreso e indignado com a atitude dele.
- Sou uma loba, mas pode me chamar de Lorena!
- Ok Lorena, o que procura? Um adversário tambem?
- Não, estou curiosa a seu respeito, conte-me mais sobre você - ela olha para o céu - Temos uma longa noite e acho que você tem bastante tempo, não é?!
Eu não poderia fazer nada, eu não estava em condições da voltar no controle do meu corpo, só me restou observar.
- Umbra, se sentir que ela é uma ameaça, você já sabe - era o que eu podia dizer naquele momento
- Ok - ele diz mentalmente a mim - De fato eu tenho bastante tempo, eu posso te contar um pouco sobre mim, mas em troca quero uma ajuda em um certo assunto. - agora ele dizia em voz alta para a garota que apenas sorriu em resposta.



Texto: Valdir Henrique e Ariely Lorena